quarta-feira, 25 de julho de 2012

Sonho ou Realidade?


Depois do vexame, da vergonha e do desrespeito para com a torcida no último jogo de 2011, resolvi que não mais iria sonhar com um título nacional, que comemorei aos 14 anos, em 1971. Depois de 10 rodadas, apesar da minha má vontade, o sonho começa a voltar e espero que não se transforme novamente em um pesadelo. O time está certinho, temos um ótimo elenco, o que significa BANCO, e voltamos a jogar com raça.
O Cuca tem o time na mão, está dando tudo certo e, melhor ainda, o Kalil não vendeu o André.
Temos uma defesa excelente, um meio de campo que transmite total confiança e um ataque arrasador. Feliz ou infelizmente, voltei a sonhar. Prometi a mim mesmo que só iria perdoar o Galo se pudesse comemorar um título nacional. Será que vai ser este o ano do perdão? Será que o sonho vai se transformar em realidade ou novamente terei que enfrentar um pesadelo no final de ano?

Atleticano.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Coração Gelado

Nem a invencibilidade, ou a classificação para a fase seguinte da Copa do Brasil foram suficientes para aquecer meu coração novamente. Parece que ele ainda está "molhado" e frio pela "chuva de gols" sofridos no dia 4 de dezembro do ano passado (que não passa nunca). Assisti uma entrevista do Kalil feita pelo Jorge Kajuru. Nela o Kalil "jura"que foi o maior sofrimento da vida dele a goleada sofrida contra o maior rival. Gosto do Kalil, mas não acreditei nas suas palavras. Continuo dizendo que foi tudo arrumado. Logo após o jogo, O Kalil esbravejou nos microfones da Itatiaia. Ficou só nisso. Ele deveria ter  levado adiante suas "ameaças". Mais que isso. Deveria ter feito e anunciado para a torcida o que foi feito. Achei que foi jogo de cena. Tudo parte de um grande teatro para enganar a torcida. Esta eu não perdoo, Kalil. Não sei o que precisa acontecer para meu coração "esquentar" de novo de amor pelo Galo. Acho que o melhor é continuar assim mesmo. Já sofri muito. Tudo em vão.
Em toda "tragédia" sempre podemos tirar algo de positivo. O que de bom aconteceu depois de tudo isso, para mim e para muitos que conheço, é uma relação sem dor com o Galo. Se ganhar, parabéns. Se perder, que pena! E só.  
Atleticano

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A Conta não Fecha


Eu sou atleticano. O Daniel Carvalho agora é palmeirense.
Eu sou apaixonado. O Rever é "profissional".
Eu tenho o escudo gravado na alma. O Leornado Silva só tem na camisa.
Eu estive com o Galo na série B. O Tardelli só joga se for na série A.
Eu gasto dinheiro para sofrer. Os jogadores ganham "bicho"se cumprirem com as suas obrigações.
Eu não entro em campo, só torço. Os "atletas"entram em campo e não jogam.
Eu fico com as dores e vergonha. Os jogadores passam (e levam embora o dinheiro do meu ingresso).
No relacionamento torcedor x time, a conta nunca fecha. Quem perde é sempre a torcida que sonha, sofre, é humilhada e ainda tem que ficar calada. Caso contrário é aconselhada pela imprensa a "esquecer o que passou, porque afinal de contas, é vida que segue". Ao final das contas, sou eu quem "pago o o pato" (ou sou eu quem pago o galo?)

Atleticano.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Tenho Vergonha de Mim

Peguei emprestado este título de um texto de Rui Barbosa, escrito mais de um século atrás.
 
Hoje começa mais um campeonato mineiro que, pelas informações recebidas, está com "cartas marcadas". Se depender do maior rival, o Galo será campeão com uma vitória folgada num dos clássicos, como parte do pagamento pela vergonha nacional do dia 4 de dezembro.
Sinto vergonha de mim quando me vejo na frente da tv torcendo por um time que se entrega por dinheiro. Sinto vergonha de mim quando, apesar de tudo ainda sou atleticano. Tenho vergonha de mim quando permito que a emoção vença a razão. Sinto vergonha de mim quando considero a possibilidade de assistir jogos do Galo. Sinto vergonha de mim quando ajudo a financiar toda esta palhaçada. Sinto vergonha alheia ao ver jogadores beijando o escudo e se entregando em campo por dinheiro. Aliás, o dinheiro já acabou com a política, a religião e o futebol. Melhor, o amor ao dinheiro, raíz de todo mal, está destruindo o mundo. Que pena!!! Não vou deixar de torcer. Só que agora a minha postura será outra. Resolvi usar este espaço para abrir meu coração. Uma forma de colocar para fora aquilo que me revolta. Minha torcida será sem dor. Vou denunciar e gritar mesmo que a minha voz seja com a de alguém que clama no deserto. Não quero e nem posso ter vergonha de mim. Por favor, Kalil, fala comigo que não foi verdade aquilo que aconteceu!!!!! 

Atleticano.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Uma vez até morrer

Hoje, primeiro dia do ano, estive no velório de um grande atleticano. No exato momento da saída do corpo para a cova, o caixão foi coberto com a bandeira do Galo. Confesso que fiquei emocionado. Desde então estou refletindo na letra do nosso hino que diz: "Clube Atlético Mineiro, uma vez até morrer...".  Esta é uma verdade unilateral, ou seja, pressupõe a fidelidade de uma só das partes. Em outras palavras seria como dizer: "Eu te amo, Atlético, até que a morte nos separe. Ser-lhe-ei fiel, mesmo que você não seja". Só conheço UM que permanece Fiel, mesmo quando somos infiéis. E Este é Deus. Refleti um pouco mais e conclui que a verdade do hino tem que funcionar dos dois lados. E quando quem morre é o time? Qual foi o Atlético que entrou em campo no dia 4 de dezembro? Certamente não foi o mesmo que goleou o Botafogo uma semana antes. Um "defunto" jogou no dia 4. Uma caricatura. Verdadeiros "mortos vivos"vestidos com o Manto Preto e Branco. E aqui não estou me referindo a derrota ou placar. Perder é do jogo. O que não aceito é traição. Não serei mais fiel a um time que não me retribui em campo com garra, esforço e amor à camisa. Estou sendo repetitivo, não é mesmo? Alguém pode estar pensando que este dia 4 de dezembro é para ser esquecido. NÃO!!!!!! Precisamos nos lembrar para sempre. Até que o verdadeiro Atlético ressuscite. 
Atleticano.